quinta-feira, 11 de julho de 2019

Marton,Scarlett.Nietzsche: A transvalorização dos valores.Editora Moderna.


Créditos:https://www.saraiva.com.br/nietzsche-a-transvaloracao-dos-valores-2-ed-208105.html

Nietzsche: A Transvaloração Dos Valores-Scarlett Marton.Editora Moderna.

  Em primeira análise, Scarlett Marton é uma filósofa brasileira e professora titular de história da filosofia contemporânea da Universidade de São Paulo. É considerada uma das maiores conhecedoras brasileiras da filosofia de Friedrich Nietzsche. Uma das  suas obras mais profundas  é " Nietzsche: A Transvaloração Dos Valores".
   Neste livro, o autor  esclarece os príncipios da filosofia de Nietzsche apresentando-os de maneira simples e clara, de forma a tornar compreensível ao leitor cada detalhe.
   O interessante é que Scarlett prescreve que Nietzche sofreu influências do movimento Sturn Und Drang( tempestade e assalto). O movimento prescrevia a renovação da sensibilidade , privilegiava o sentimento às expensas  da razão, defendia a rebelião aos valores tradicionais e a criação de novos valores. Neste cenário, Nietzsche viu-se em um paradoxo: De uma lado a miséria cultural e de outro a crença que existia uma verdadeira cultura. Tentando superar esta dicotomia, preferiu renunciar a todos os valores da época e prescrever novos valores, passando a chamar os praticantes deste ato de super-homens. O que ocorria na verdade, era que o pensador estava tentando combater os valores franceses e burgueses prescrevendo a necessidade de criação de valores novos.

   Neste pensamento, o pensador debatia que não se pode apreciar o valor de um indíviduo tomando-o enquanto função da massa agregária e não se pode orientar a criação da cultura de modo a satisfazer as necessidades do rebanho.Ele preocupou-se com a manutenção da tradição cultural. A égide de sua preocupação é com os valores morais que estavam nestes tempos em muito arruínados pelos principios cristãos e doutrinas falsiosas.
   Em outra linha, o pensador crítica a crença equivocada de que os valores morais existem  por origem metafísica, como disse Agostinho "Deus é a base da moral".Para o pensador, os valores são demasiados, demasiados Humanos em sua essência, isto é, os valores são inteiramente humanos e não tem origem metafísica.
   Outrossim, o pensador tornou-se conhecido pela frase " Deus está morto". Analisando esta idéia notamos que Nietzsche não disse Deus não existe, mas sim Deus está morto. Logo, Se Deus está morto é porque ele viveu em tempos avoengos segundo os conceitos ainda do cristianismo primitivo. Em sua assepção esta frase marca o fim de um período denominado a época das trevas e o início de outro período chamado época da razão. O que o pensador fez é arrancar Deus da moral humana com a convicção de que se Deus não é mais a base moral, então a idéia de um criador será deixada como uma das idéias mais caducadas da humanidade devido a sua completa inutilidade.

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