quarta-feira, 10 de julho de 2019

Flusser, Vilém."O mundo codificado: por uma filosofia do designer e da comunicação".Ubu Editora.











Creditos: https://www.hellerdepaula.com.br/o-mundo-codificado-vilem-flusser/

  Resenha-"O Mundo Codificado"-Vilém Flusser

   Em primeira análise, Vilém Flusser nasceu em praga e aos vinte anos emigrou para São Paulo.Ele é um filósofo da linguagem, fotografia e  tecnologia tendo mundialmente sido reconhecido pela obra "O mundo Codificado".
    A obra "Mundo Codificado" trata da evolução tecnológica humana. Logo, nos capítulos iniciais o autor revela que existem conceitos que foram erroneamente construídos ao longo dos tempos. Destacando, o conceito de materia. Segundo Flusser a palavra materia resulta da tentativa dos romanos de traduzir para o latim o grego hylé.Originalmente, Hylé significa madeira,ou seja quando os gregos passaram a empregar a palavra hylé, não pensavam em madeira no sentido genérico do termo, mas referiam-se à madeira estocada nas oficinas dos carpinteiros. Trata-se para eles de encontrar uma palavra que pudesse expressar a transmissão de formas aos objetos brutos de madeira.
    Outrossim, o escritor denuncia o fato de que trocamos a ideia essencial do conceito de materia. Entendido por ele, como a capacidade de dar formas à seres e objetos. Porque, através da ciência passamos a conceber o conceito de materia ligada ao conteúdo.Originalmente, a idéia do conceito de materia resume-se neste exemplo: Se vejo uma mesa, não é a mesa como conteúdo que percebp, mas sim a forma que tenho no meu psíquico do que seja uma mesa. Assim, a mesa é uma forma e não propriamente o conteúdo de sua composição. Analisando estes raciocínios notamos que o Platonismo influenciou sobremaneira os pensamentos de Vilém Flusser.
    O escritor também destaca a palavra informar, que significa impor formas à materia. destacando que nos tempos anteriores a imprensa, as  informações verdadeiras eram aquelas cujas formas eram descobertas e as falsas cujas as formas eram ficções.
    De outro lado, a obra aborda dois futuros possíveis para a escrita: A extinção como fossíl do passado devido ao fato dos aparatos eletrônicos permitirem outras formas de registrar informações ou a modificação da própria escrita para se apropriar a estas tecnologias que surgiriam.
    Ainda, Vilém destaca na história os seguintes períodos: O das mãos, o das ferramentas, o das máquinas e o dos aparelhos eletrônicos(Apparate). Para o pensador, o homo sapiens sapiens ainda não surgiu. Porque exatamente o homo sapiens sapiens seria inventado pelo homo faber. Analisando esta idéia, notamos que pela produção o homem fabricaria e desenvolveria a propria faculdade de pensar.  Dessa maneira, nos anos futuros as fábricas não seriam mais lugares de tédio e exploração, mas ambientes para a fabricação de pessoas pensantes. As empresas pareceriam mais com escolas e universidades  do que com lugares de trabalho extenuante. O homem descobriria na capacidade de produzir o meio indispensável para a fabricação do seu próprio ser e as empresas compreenderiam que o homem-pensante traz mais benefícios que o homem-obtuso-operário.

    

Nenhum comentário: