Resenha: As Grandes Linhas Da Filosofia Moral-Jacques Leclerq
Em primeira análise, Jacques Leclerq é doutor em Filosofia pela USP e foi na mesma universidade professor do curso de Ciências Sociais em 1967. Nesta obra, o ilustre doutor destaca a genêse da moral e suas evoluções. Partindo do pressuposto de que a Moral é inteiramente humana,isto é não tem relação com um ser divino ou vida extrafísica, seus pensamentos relembram Nieztche. Haja vista de que o mestre da suspeita elegia a moral como um príncipio de responsabilidade na esfera jurídica-civil. O que causava pertubação às comunidades tradicionais daquela época que ainda acreditavam nas declarações de Santo Agostinho. Sabemos que Agostinho atribuiu a Moral a Deus afirmando que Deus é a base da moral. Ou seja, dando a moral um cárater metafísico e não mais humano.Sobre outro olhar, Jacques enumera que os fundamentos da moral remontam a origem da sociedade e que esta surgiu devido a necessidade existente de estabelecer principios para regulamentar o convívio social. Ainda neste pensamento, O doutor esclarece que o conceito de bem obedece a um tipo ideal evocado e à noção de utilidade. Por exemplo, Se tenho um cavalo e tenho como tipo ideal a qualidade de correr. Logo, um cavalo bom é aquele que corre. Paradoxalmente, O conceito de mal equivale a noção de ser inútil. Isto leva-nos a pensar que o bem e o mal são relativos, já que os juízos que temos de bem que fazemos a respeito das pessoas baseiam-se na utilidade desses seres para nós.
Quanto a historiografia da moral podemos destacar algumas entre as quais: A moral uilitarista que consiste em viver a vida de maneira a produzir o maior numero de prazeres possíveis no que concerne ao bem coletivo; A moral epicurista que consiste na busca do prazer de maneira moderada, até o alcance do estado de ataraxia;A Moral Estóica que consiste na busca do bem coletivo de maneira a renúnciar qualquer pertubação possível; A Moral Cristã que a origem remonta à moral estóica e à moral ocidental da providência, sendo que a moral cristã é uma espécime de aprimoração das ''morais'' avoengas com certa casimira religiosa.
Por fim, o autor esclarece que a noção que se tem de Deus não é a noção do ser concreto, mas da ídeia que se tem do que seja este ser, esta idéia passou a ser representada de diversas formas nas culturas humanas de forma a formar uma amálgama de idéias de Deus distintas, mas que referente ao mesmo ser concreto.
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